terça-feira, maio 31, 2005
Fome (Nesse Sempre), Toranja
Sempre o mesmo gesto, sempre o mesmo olhar
Sempre os mesmos passos, sempre o mesmo não estar
Sempre o mesmo estado, sempre o mesmo perder
Sempre o mesmo lado, sempre o mesmo dizer
Sempre estar em grande, sempre o mundo a topar
Sempre os mesmos corpos, tudo a rastejar
Sempre a mesma estrada, sempre o mesmo nada
Sempre os mesmos ratos, sempre os camaleões
Sempre o mesmo fumo, sempre as ocasiões
Sempre o mesmo encontrar, pensar, deixar p'ra trás
(talvez amanhã pense outra vez)
Sempre a mesma noite, sempre o mesmo estar bem
Sempre o mesmo engate, sempre o mesmo ninguém
Sempre a mesma falta de cor e de humor
(p'ra parar e gritar)
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Tenho fome de mais!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Quero fome de mais!
Sempre as mesmas vozes, sempre as mesmas canções
Sempre o mesmo filme, sempre as mesmas razões
Sempre as mesmas armas, sempre o mesmo esquivar
Sempre o mesmo jogo, sempre o nunca lutar
Sempre as mesmas flores, sempre o mesmo jardim
Sempre as mesmas roupas a cheirar a jasmim
Sempre a mesma calma, sempre o mesmo
Sempre a falta de luz e os pés no chão
Sempre o mesmo tecto, sempre o mesmo medo
Sempre o mesmo não ser, sempre o mesmo parecer
Só cheiro o mundo a andar p'ra trás
E sempre a mesma gente a ficar p'ra trás
Que aparecem e acontecem
Esquecem que no fundo ninguém sabe o que faz
[...]
Sempre a mesma vida encalhada nesse sempre
[...]
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Fome de mais!
Sempre os mesmos passos, sempre o mesmo não estar
Sempre o mesmo estado, sempre o mesmo perder
Sempre o mesmo lado, sempre o mesmo dizer
Sempre estar em grande, sempre o mundo a topar
Sempre os mesmos corpos, tudo a rastejar
Sempre a mesma estrada, sempre o mesmo nada
Sempre os mesmos ratos, sempre os camaleões
Sempre o mesmo fumo, sempre as ocasiões
Sempre o mesmo encontrar, pensar, deixar p'ra trás
(talvez amanhã pense outra vez)
Sempre a mesma noite, sempre o mesmo estar bem
Sempre o mesmo engate, sempre o mesmo ninguém
Sempre a mesma falta de cor e de humor
(p'ra parar e gritar)
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Tenho fome de mais!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Quero fome de mais!
Sempre as mesmas vozes, sempre as mesmas canções
Sempre o mesmo filme, sempre as mesmas razões
Sempre as mesmas armas, sempre o mesmo esquivar
Sempre o mesmo jogo, sempre o nunca lutar
Sempre as mesmas flores, sempre o mesmo jardim
Sempre as mesmas roupas a cheirar a jasmim
Sempre a mesma calma, sempre o mesmo
Sempre a falta de luz e os pés no chão
Sempre o mesmo tecto, sempre o mesmo medo
Sempre o mesmo não ser, sempre o mesmo parecer
Só cheiro o mundo a andar p'ra trás
E sempre a mesma gente a ficar p'ra trás
Que aparecem e acontecem
Esquecem que no fundo ninguém sabe o que faz
[...]
Sempre a mesma vida encalhada nesse sempre
[...]
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Fome de mais!
letra de Tiago Bettencourt
segunda-feira, maio 30, 2005
Rasgado

Hoje sinto-me um bocado assim, um tanto quanto rasgado, um tanto quanto perdido. A parte do rasgado ainda percebo, depois de um fim-de-semana espectacular como este último, agora a parte do perdido é que me faz confusão... Talvez precise de um doce por dia, e o de hoje não o estou a ver.
terça-feira, maio 24, 2005
Portugal, por tudo e por nada
Exercício #01
Impulsos que voam, ideias que saltam loucas, sonhos que surgem do nada e fogem para longe. Num emaranhado de pensamentos solta-se um desejo, um apetite que me obriga a mexer. Com movimentos (quase) subliminares, esse impulso quebra a minha preguiça no limiar da vontade. Agarro um lápis (pouco afiado) e esborrato o papel com letras mal desenhadas, mal escritas, mal descritas e às vezes, mal pensadas.
O que aparece não me agrada. Risco. Corrijo. Imagino uma nova abordagem, vejo-te de um outro ângulo, sob outra luz, noutro contexto. Sem inspiração desisto, expiro a aspiração de te compor e aceito o branco pálido da folha.
O que aparece não me agrada. Risco. Corrijo. Imagino uma nova abordagem, vejo-te de um outro ângulo, sob outra luz, noutro contexto. Sem inspiração desisto, expiro a aspiração de te compor e aceito o branco pálido da folha.
segunda-feira, maio 23, 2005
I don't like mondays, The Boomtown Rats
The silicon chip inside her head
Gets switched to overload
And nobody`s gonna go to school today
She`s gonna make them stay at home
And Daddy doesn`t understand it
He always said she was good as gold
And he can see no reasons
`Cause there are no reasons
What reason do you need to be shown

(Tell me why) I don`t like Mondays
I want to shoot the whole day down
The telex machine is kept so clean
And it types to a waiting world
Her Mother feels so shocked
Father`s world is rocked
And their thoughts turn to
Their own little girl
Sweet 16, ain`t that peachy keen
Now it ain`t so neat to admit defeat
They can see reasons
`Cause there are no reasons
What reasons do you need
Oh, oh, oh, whoa
(Tell me why) I don`t like Mondays
I wanna shoot the whole day
Down, down, down
Shoot it all down
And all the playing`s stopped
In the playground now
She wants to play
With her toys a while
And school`s out early
And soon we`ll be learning
And the lesson today is how to die
And then the bullhorn crackles
And the captain tackles
With the problems and the hows and whys
And he can see no reasons
`Cause there are no reasons
What reason do you need to
Die, die, oh, oh, whoa
[...]
(Tell me why) I don`t like Mondays
(Tell me why) I don`t like, I don`t like
(Tell me why) I don`t like Mondays
I wanna shoot the whole day down
Gets switched to overload
And nobody`s gonna go to school today
She`s gonna make them stay at home
And Daddy doesn`t understand it
He always said she was good as gold
And he can see no reasons
`Cause there are no reasons
What reason do you need to be shown

(Tell me why) I don`t like Mondays
I want to shoot the whole day down
The telex machine is kept so clean
And it types to a waiting world
Her Mother feels so shocked
Father`s world is rocked
And their thoughts turn to
Their own little girl
Sweet 16, ain`t that peachy keen
Now it ain`t so neat to admit defeat
They can see reasons
`Cause there are no reasons
What reasons do you need
Oh, oh, oh, whoa
(Tell me why) I don`t like Mondays
I wanna shoot the whole day
Down, down, down
Shoot it all down
And all the playing`s stopped
In the playground now
She wants to play
With her toys a while
And school`s out early
And soon we`ll be learning
And the lesson today is how to die
And then the bullhorn crackles
And the captain tackles
With the problems and the hows and whys
And he can see no reasons
`Cause there are no reasons
What reason do you need to
Die, die, oh, oh, whoa
[...]
(Tell me why) I don`t like Mondays
(Tell me why) I don`t like, I don`t like
(Tell me why) I don`t like Mondays
I wanna shoot the whole day down
segunda-feira, maio 16, 2005
Notícia de última hora!
Hoje de manhã três crianças foram baleadas num pátio em Campo de Ourique!
A tragédia aconteceu enquanto os três imberbes gritavam "SLB" como se não houvesse amanhã e acordaram um morador dorminhoco. Este, com um salto ágil levantou-se da cama, pegou na carabina e, para grande azar das criancinhas, revelou ter uma pontaria notável! Fontes revelam que o atirador passou o fim-de-semana a extinguir-se, desesperadamente a caçar os primeiros raios frios de luz da noite de Lisboa.
A tragédia aconteceu enquanto os três imberbes gritavam "SLB" como se não houvesse amanhã e acordaram um morador dorminhoco. Este, com um salto ágil levantou-se da cama, pegou na carabina e, para grande azar das criancinhas, revelou ter uma pontaria notável! Fontes revelam que o atirador passou o fim-de-semana a extinguir-se, desesperadamente a caçar os primeiros raios frios de luz da noite de Lisboa.
sexta-feira, maio 13, 2005
(re)Nascimento

Este fim-de-semana espero ver o nascer do Sol tantas vezes quantas aguentar!
Quero renascer com os primeiros raios, ver tudo com olhos de porquê!
Quero beber o Sol frágil da manhã, num pequeno-almoço cheio de esperança, melhor, de confiança nos tempos que se seguem!
quinta-feira, maio 12, 2005
Inaudible Melodies, Jack Johnson
Brushfire fairytales
Itsy bitsy diamond wells
Big fat hurricanes
Yellow bellied given names
Well shortcuts can slow you down
And in the end we're bound
To rebound off of we

Well dust off your thinking caps
Solar powered plastic plants
Pretty pictures of things we ate
We are only what we hate
But in the long run we have found
Silent films are full of sound
Inaudibly free
Slow down everyone
You're moving too fast
Frames can't catch you when
You're moving like that
Inaudible melodies
Serve narrational strategies
Unobtrusive tones
Help to notice nothing but the zone
Of visual relevancy
Frame-lines tell me what to see
Chopping like an axe
Or maybe Eisenstein should just relax
[...]
Well Plato's cave is full of freaks
Demanding refunds for the things they've seen
I wish they could believe
In all the things that never made the screen
And just slow down everyone
You're moving too fast
Frames can't catch you when
You're moving like that
Slow down everyone
You're moving too fast
Frames can't catch you when
You're moving like that
Moving Too....
Itsy bitsy diamond wells
Big fat hurricanes
Yellow bellied given names
Well shortcuts can slow you down
And in the end we're bound
To rebound off of we

Well dust off your thinking caps
Solar powered plastic plants
Pretty pictures of things we ate
We are only what we hate
But in the long run we have found
Silent films are full of sound
Inaudibly free
Slow down everyone
You're moving too fast
Frames can't catch you when
You're moving like that
Inaudible melodies
Serve narrational strategies
Unobtrusive tones
Help to notice nothing but the zone
Of visual relevancy
Frame-lines tell me what to see
Chopping like an axe
Or maybe Eisenstein should just relax
[...]
Well Plato's cave is full of freaks
Demanding refunds for the things they've seen
I wish they could believe
In all the things that never made the screen
And just slow down everyone
You're moving too fast
Frames can't catch you when
You're moving like that
Slow down everyone
You're moving too fast
Frames can't catch you when
You're moving like that
Moving Too....
quarta-feira, maio 11, 2005
Na confusão da vida
Às vezes invejo as pessoas simples, modestas, humildes. Pessoas cuja maior preocupação na vida é o que é que vão fazer para jantar ou se o fulano X da telenovela Y está a enganar a tipa Z. Pessoas destas não são inteiramente felizes (no meu entender da palavra...) mas levam uma vida pura, sem grandes emoções mas sem grandes desilusões. Pessoas assim não sofrem de stress, não sofrem com os problemas mundiais, com filmes particularmente fortes ou com músicas demasiado emotivas. As suas paixões são como as suas existências: simples. Tudo à sua volta é claro, sem confusões.
Por vezes dou comigo a pensar que a ignorância é capaz de ser a única chave para a felicidade...
Por vezes dou comigo a pensar que a ignorância é capaz de ser a única chave para a felicidade...
terça-feira, maio 10, 2005
Verão

Tenho saudades do Verão. Tenho muitas saudades tuas! Tenho saudades das nossas praias, da nossa areia, do nosso mar, do nosso Sol... Tenho saudades das nossas conversas e da nossa amizade. Principalmente tenho pena que não estejas cá, comigo, connosco, para viver mais um verão de aventuras!
Y tu mamá también, 2001

É um filme mexicano que relata uma viagem inesquecível de dois adolescentes com uma prima mais velha a uma praia esquecida na costa mexicana.
Nem que seja só para nos maravilharmos com as paisagens (e com toda a fotografia do filme), deliciarmo-nos com os relatos inteligentes que introduzem as personagens e confrontarmo-nos com o sexo cru, onde tudo está a nu, sem espaço para tabus.
Mais um filme a ver.
segunda-feira, maio 09, 2005
A sonhar com peixe cru!
Eu sushiarei
Tu sushiarás
Ele sushiará
Nós sushiaremos
Vós sushiareis
Eles sushiarão
Tu sushiarás
Ele sushiará

Nós sushiaremos
Vós sushiareis
Eles sushiarão
The time is now, Moloko
You're my last breathe
You're a breathe of fresh air to me
Hi, I'm empty
So tell me you care for me
You're the first thing
And the last thing on my mind
In your arms I feel
Sunshine

On a promise
A day dream yet to come
Time is upon us
Oh but the night is young
Flowers blossom
In the winter time
In your arms I feel
Sunshine
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last
You may find yourself
Out on a limb for me
Could you expect it as
A part of your destiny
I give all I have
But it's not enough
And my patience is shot
So I'm calling your bluff
[...]
And we gave it time
All eyes are on the clock
But time takes too much time
Please make the waiting stop
And the atmosphere is charged.
In you I trust.
And I feel no fear as I
Do as I must.
[...]
Tempted by fear
And I won't hesitate
The time is now
And I can't wait
I've been empty too long
The time is now
The tender night has gone
And the time has gone
Let's make this moment last
And the night is young
The time is now.
Let's make this moment last.
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment ... last.
You're a breathe of fresh air to me
Hi, I'm empty
So tell me you care for me
You're the first thing
And the last thing on my mind
In your arms I feel
Sunshine

On a promise
A day dream yet to come
Time is upon us
Oh but the night is young
Flowers blossom
In the winter time
In your arms I feel
Sunshine
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last
You may find yourself
Out on a limb for me
Could you expect it as
A part of your destiny
I give all I have
But it's not enough
And my patience is shot
So I'm calling your bluff
[...]
And we gave it time
All eyes are on the clock
But time takes too much time
Please make the waiting stop
And the atmosphere is charged.
In you I trust.
And I feel no fear as I
Do as I must.
[...]
Tempted by fear
And I won't hesitate
The time is now
And I can't wait
I've been empty too long
The time is now
The tender night has gone
And the time has gone
Let's make this moment last
And the night is young
The time is now.
Let's make this moment last.
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment ... last.
domingo, maio 08, 2005
Uma senhora que se DisPuta
Não passavas de uma fotografia provocante, não tinhas cara, não tinhas corpo, não tinhas voz nem cheiro. Eras tudo o que podias ser, eras tudo o que eu poderia querer.
Vi-te, conheci-te.
Para mim serás sempre aparente, transparente, indubitavelmente insolente. Deusa que caça? Não... deusa que cansa.
Vi-te, conheci-te.
Para mim serás sempre aparente, transparente, indubitavelmente insolente. Deusa que caça? Não... deusa que cansa.
quarta-feira, maio 04, 2005
Porto traduzido por miúdos
Douro, pronúncia (linda!), hospitalidade, simpatia, moda (muita roupa, muito estilo...), dinheiro, carros, design, espaços, noite, copos, muitos muitos copos...
segunda-feira, maio 02, 2005
Insónias
Ultimamente deito-me com palavras irrequietas que não me deixam dormir. Oiço diálogos cruzados, frases que se soltam do contexto e que me atormentam o sono. Sonho que as escrevo para que façam sentido e acordo para voltar a sonhar...
domingo, maio 01, 2005
2B1
When two become one
there's half of each that disappear
there's half of each that disappear