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terça-feira, setembro 27, 2005

Portugiesisch lernen 



Comentários para quê...?

Casas alugadas 

Em resumo, cheguei a Berlim e fiquei num quarto alugado, péssimo, nojento. Tinha reservado uma casa no centro, na zona mais trendy da cidade, para ficar as semanas seguintes. Logo no segundo dia, primeiro dia de trabalho e primeira vez que estava a ver os meus mails desde que cá estava, recebi um que dizia que tinha havido um imprevisto, e a casa reservada nao estaria disponível...
Sem outra solucao, bombardeei os meus amigos com e-mails de SOS! Felizmente, uma rapariga que trabalha no mesmo projecto que eu, num departamento em Coimbra, tinha um namorado alemao, em Berlim, e que quando soube disse logo que me deixava ficar em casa dele, a troco de uma pequena renda, uma vez que ia passar umas longas férias a Portugal. Fiquei feliz da vida! A casa nao era perfeita porque era uma perfeita bagunca, mas ter o meu espaco, onde podia estar à vontade, era tudo naquele momento! Foi aí que me mudei para Kreuzberg.
Tudo era perfeito. A casa era um desastre no que tocava a arrumacao, tinha mais caricas (de garrafas de cerveja) no chao do que tábuas de madeira, mas nada me podia deitar a baixo: eu estava numa casa que tinha um quarto (com lencois limpos), uma sala (com internet 24h/dia), uma cozinha (sem comida...) e uma casa de banho (sem muitos pelos).
Tudo corria bem até domingo passado, quando recebi um telefonema dele (o dono da casa) a dizer que teria que voltar mais cedo. As suas longas férias de repente ficaram bastante mais curtas porque o casal maravilha tinha acabado o namoro!
Chegou ontem... e desde entao divido a casa com o tipo mais trapalhao do mundo, durmo na sala... num colchao no chao.
Fogo, tanta gente a viver anos(!) de namoros (e casamentos...) vazios e estes tipos nao podiam ter esperado duas semaninhas???

Tampos de sanitas 

Sao precisos exactamente 6 bocados de papel (daquele de secar as maos, grosso e que sai de uma caixa rectangular, sempre por cima do lavatório) para tapar completamente o tampo de uma sanita. Bem... também se pode optar por 7, se quisermos ser extra cuidadosos e reforcar algum recanto destapado. Seja em Lisboa ou em Berlim, sao os mesmos 6, que tem precisamente a mesma dimensao e que tapam rigorosamente a mesma área. Tudo gracas às fabulosas normas europeias! Sejamos pequeninos e barrigudos ou descendentes de mastodontes (desculpa lá Alex, mas tu nao és nada pequenino!) o tamanho do tampo da sanita é exactamente igual!
Obrigado! Sem o vosso precioso trabalho comunitário eu sentiria-me, no mínimo, desnorteado.

domingo, setembro 25, 2005

Is Germany boring? 

Andava eu entretido com os últimos textos do meia culpa quando resolvi visitar alguns dos seus links. Isto foi um dos textos que encontrei sobre a Alemanha:

Germany is one of Europe's largest countries both physically and economically, yet it is also one of the least visited. Perhaps it is the reputation for being a boring country. Yet how can a country whose culture is so so closely intertwined with beer ever be called boring?

in backpackers guide


quarta-feira, setembro 21, 2005

Sudoku 

O meu novo vício!
É perfeito para transportes públicos (quando se arranja um lugar sentado...) e para qualquer hora morta do dia. É simplesmente genial! E ainda por cima faz-nos sentir inteligentes, quando de facto é um jogo de crianças...

Experimentem on-line em web sudoku

Ou então, se se sentirem corajosos (e com tempo livre) atirem-se a este samurai sudoku:


Compras em alemão... 

Ontem fui ao supermercado, ao LIDL, como não podia deixar de ser, e comprei manteiga, cappuccino, compota de framboesa, algumas refeições rápidas e 400 ml de creme para o corpo, em vez de 400 ml de espuma para o banho!! Como podem imaginar, hoje de manhã o duche foi divertido...

terça-feira, setembro 20, 2005

The Wall 



quinta-feira, setembro 15, 2005

Na nossa língua, caramba! 

Peço desculpa se ando a escrever demais, mas ando com saudades de falar português e de ouvir falar português. Por isso escrevo, em português. Estou-me a sentir um emigrante à séria! Viva o pastel de nata e a torre de Belém!

Rigor alemao (sem til, porque o teclado nao deixa...) 

Acho que não posso dizer que o DLR tem um nível de segurança elevadíssimo, mas acreditem que tem um sistema burocrático, associado a problemáticas de segurança, ao qual não estou nada habituado!
Para além do básico: proibido filmar, fotografar ou levar um satélite debaixo do braço, existem salas em que os telemóveis são sujeitos a interferências propositadas. Todos os computadores têm palavras-chave pessoais, tanto para aceder aos próprios computadores, como para aceder remotamente ao servidor, que arquiva todos os dados da sonda europeia, a Mars Express. A burocracia é de tal forma complexa que, mesmo depois de todas as autorizações que foram necessárias só para eu estar cá, precisei de dois dias e mais três autorizações diferentes para ter acesso aos computadores e às imagens. Tenho a cabeça a explodir com passwords e usernames!

quarta-feira, setembro 14, 2005

De saída 

Se não houver mais imprevistos, esta será a última noite ao som do S-Bahn! Amanhã mudo-me para o centro da cidade. Mudar de Eichwade para Kreuzberg é, para vocês terem uma noção, mais ou menos como mudar de um Fiat Punto velho, que não pega, com os bancos já rasgados e equipado com a colecção completa do Pirilampo Mágico, para um Volkswagen Polo, talvez em segunda mão, mas com leitor de CD’s, sem riscos e um motor em boas condições. Kreuzberg é uma das zonas mais interessantes de Berlim em termos de animação, restaurantes, bares, e afins. As ruas têm vida, de dia e de noite, sem serem demasiado barulhentas. É completamente central e ao mesmo tempo fica na ponta da cidade mais perto do DLR, onde estou a trabalhar. Além do mais, vai ser quase de borla! Basicamente, é perfeito! Hoje acho que vou adormecer com um sorriso na cara.

terça-feira, setembro 13, 2005

4 ou 5 pêlos... 


É por volta da meia-noite que o som pesado das pesadas rodas de metal do S-Bahn deixa de se ouvir. A linha passa rente ao número 3 da Leistikowstrasse. São literalmente duas casas que me separam da linha, a número 1 e a número 2. Até lá a única coisa a fazer é tentar ignorá-lo… tarefa só por si nada (e eu vou carregar em nada) nada fácil! Toda a casa treme ao vê-lo passar! A porta do quarto treme, as paredes tremem, até os quadros pendurados (e encostados) nas paredes tremem! E os vidros… mesmo quando consigo ignorar tudo o resto, os grossos vidros das janelas lembram-me que ali está o comboio, tremendo em sintonia. As janelas não têm cortinas e o chuveiro também não. Mas nem tudo está perdido! Após uma criteriosa avaliação, entre os pêlos na casa de banho e os pêlos nos lençóis, posso afirmar, com algum grau de confiança, que este é um hotel de pelo menos 4 pêlos.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Berlim, a chegada 

Por vezes esqueço quanto odeio estar sozinho num ambiente que me é completamente alienígena.
Sai da cama às sete da manhã para tomar um banho rápido e pôr-me a andar para o aeroporto. O primeiro voo foi menos mau, 50 minutos de viagem mal dá para levantar e aterrar. Depois de duas horas de seca no aeroporto de Madrid lá fui eu para o segundo… Foram mais três horinhas de ar condicionado no máximo; berros de bebés ao longe, abafados pelo ruído constante das turbinas; som de gente que tosse, ou que espirra, ou nem tosse nem espirra, mas que faz barulho, e incomoda! E depois ainda há o palerma do tipo detrás, ou o da frente, que não tem lugar para pôr as pernas e ora dá um pontapé na cadeira da frente, ora rebate a cadeira, atropelando o desgraçado sentado atrás. Pior do que isto tudo é tudo isto num estado permanente de nem estar a dormir, nem estar acordado… Ahh, ia-me esquecendo, se por acaso tiveres fome, PAGA! Que detalhe delicioso!
Berlim! Essa cidade fabulosa... Deixei Lisboa com o seu habitual céu azul e Sol radioso. Passei Madrid com o seu comum céu azul, Sol radioso e calor de morrer. Cheguei a Berlim, com a frequente blindagem de nuvens cinzentas e escuras que impede aquelas tristes pálidas criaturas de ver o Sol, radioso, lá em cima, e completamente fora de alcance! Aterrei ao pôr-do-sol (não que alguém desse por isso… cadé o Sol?) do outro lado da cidade, no aeroporto de Tegel.
E depois foi uma pequena jornada de mais duas horas, repartida em 1 autocarro, 3 comboios (um deles cujo interior se parecia a uma grande casa de banho cor de rosa) e uns 10 minutos a pé, às escuras e aos tropeções, com uma mochila que pesava uns valentes 20 quilos. Muito sinceramente, a última coisa que apetece depois de um dia inteiro de viagem (são nove da noite!) é uma cama estranha, sem almofada, com lençóis pouco ou nada limpos, e sem ninguém a quem dizer olá ou simplesmente, boa noite.

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