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segunda-feira, setembro 12, 2005

Berlim, a chegada 

Por vezes esqueço quanto odeio estar sozinho num ambiente que me é completamente alienígena.
Sai da cama às sete da manhã para tomar um banho rápido e pôr-me a andar para o aeroporto. O primeiro voo foi menos mau, 50 minutos de viagem mal dá para levantar e aterrar. Depois de duas horas de seca no aeroporto de Madrid lá fui eu para o segundo… Foram mais três horinhas de ar condicionado no máximo; berros de bebés ao longe, abafados pelo ruído constante das turbinas; som de gente que tosse, ou que espirra, ou nem tosse nem espirra, mas que faz barulho, e incomoda! E depois ainda há o palerma do tipo detrás, ou o da frente, que não tem lugar para pôr as pernas e ora dá um pontapé na cadeira da frente, ora rebate a cadeira, atropelando o desgraçado sentado atrás. Pior do que isto tudo é tudo isto num estado permanente de nem estar a dormir, nem estar acordado… Ahh, ia-me esquecendo, se por acaso tiveres fome, PAGA! Que detalhe delicioso!
Berlim! Essa cidade fabulosa... Deixei Lisboa com o seu habitual céu azul e Sol radioso. Passei Madrid com o seu comum céu azul, Sol radioso e calor de morrer. Cheguei a Berlim, com a frequente blindagem de nuvens cinzentas e escuras que impede aquelas tristes pálidas criaturas de ver o Sol, radioso, lá em cima, e completamente fora de alcance! Aterrei ao pôr-do-sol (não que alguém desse por isso… cadé o Sol?) do outro lado da cidade, no aeroporto de Tegel.
E depois foi uma pequena jornada de mais duas horas, repartida em 1 autocarro, 3 comboios (um deles cujo interior se parecia a uma grande casa de banho cor de rosa) e uns 10 minutos a pé, às escuras e aos tropeções, com uma mochila que pesava uns valentes 20 quilos. Muito sinceramente, a última coisa que apetece depois de um dia inteiro de viagem (são nove da noite!) é uma cama estranha, sem almofada, com lençóis pouco ou nada limpos, e sem ninguém a quem dizer olá ou simplesmente, boa noite.

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