Extinto (ou em vias de extincao)

Foi em 1999, numa sala octogonal imersa numa iluminação ténue, que vi pela primeira vez este conjunto de tapeçarias - fabuloso! Se forem a Paris, a não perder: Museu de Cluny.






smell hearing
taste
touch sight

Dois corpos atraem um ao outro com forças iguais e opostas. A magnitude desta força é proporcional ao produto das duas massas dos corpos e é também proporcional ao inverso do quadrado da distância entre os centros de massa dos dois corpos.

Pena esse tipo não perceber nada do assunto...
Era tão bom que o equilíbrio entre os nossos corpos fosse assim tão estável.
Adorava gravitar à tua volta e ter-te a ti, a gravitar à volta de mim!

Hoje senti o teu perfume na rua. Aquele cheiro singular que só tu tens, que só tu emanas. Bastou um aroma subtil para eu me perder em mil recordações tuas, entre mil recordações nossas.

15h da tarde. Regresso eu ao técnico depois de um almoço delicioso numa esplanada Lisbonense. Estaciono a mota, desligo o motor, desmonto, tiro o capacete e os óculos de sol. Nisto, cruzo-me com duas mulheres da limpeza do afamado instituto e oiço:

ML1 - ...pois, mas a principal suspeita eras tu.
ML2 - Isso não me interessa! Eu tenho a minha responsabilidade* limpa!

(*) por responsabilidade entenda-se consciência...

O que me leva mais uma vez a questionar a importância das palavras.

falar mal é feio - inquestionável
escrever com erros é deselegante - facto
Mas seja o discurso feio ou o texto deselegante, todos o entendem! A mensagem é transmitida, o milagre da comunicação funciona!

Alguém viu a curta da Lucia Moniz no Love actually?

Os grandes amigos dizem as grandes verdades. Obrigado pela conversa, F.

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis, Fevereiro de 1933

Pouco me importa.
Pouco me importa o quê? Não sei: pouco me importa.

Alberto Caeiro, Novembro de 1917

Nestes dias que passaram eu extingui-me!
A culpa é da francesa! poderia argumentar... Mas não! A culpa foi mesmo da minha própria gula de ter que fazer tudo!
Eu era Museu do Design, pasteis de Belém, Castelo de São Jorge, jardim do Psi, Marquês de Pombal, praça de touros (do Campo Pequeno) e parque Eduardo VII (incluindo feira do livro e estufa fria). Como se não bastasse, ainda passei pelo Cabo da Roca, Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, Palácio da Vila, Praia Grande, Ericeira e Mafra. Para terminar, doses duplas de Bairro Alto, Estado Líquido, L e Lux!
Com um suspiro solto: Tou que nem posso!

A internet já estava desligada, tal como o computador. Mas esta música chamava por mim. Nela estou eu, hoje, em cada palavra, em cada frase, em cada rima.

I thought you'd be out of my mind
And I'd finally found a way to
Learn to live without you
I thought it was just a matter of time
Till I had a hundred reasons
Not to think about you
But it's just not so
And after all this time
I still can't let go
I've still got your face
Painted on my heart
Scrawled upon my soul
Etched upon my memory baby
I've got your kiss
Still burning on my lips
The touch of my fingertips
Is love so deep inside of me

I was trying everything that I can
To get my heart to forget you
But it just can't seem to
I guess it's just no use
In every part of me
Is still a part of you

[...]

I've still got your face
Painted on my heart

Something in your eyes keeps haunting me
I'm trying to escape you
And I know there ain't no way to
To chase you from my mind

[...]

I've still got your face
painted on my heart

E talvez seja pelo adeus que não me apetece muito falar da nossa (magnifica) viagem a Madrid... Felizmente que a paxita já o fez por mim!

Hoje morreu a avó Ana.

A avó Ana não era minha avó. Era avó de uma outra pessoa, uma pessoa de quem eu já gostei muito. Esta avó eu conhecia bem, e eu gostava muito dela. Relembro-a cantando sozinha uma qualquer melodia popular, que só ela conhecia e reinventava.
Dizer-lhe adeus não doi, mas faz-me sentir um pouco mais vazio e um tanto quanto mais nostalgico. Acho que ainda não percebi muito bem o conceito da morte...

Travel only with thy equals or thy betters; if there are none, travel alone. The Dhammapada

He who would travel happily must travel light. Antoine de Saint-Exupery

A man travels the world over in search of what he needs and returns home to find it. George Moore

Amanhã vou a Madrid, passar o fim-de-semana.

Ouvi dizer que o nosso amor acabou...
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
eu não vou vê-lo em mim:
se eu não tive a noção de ver nascer um homem.

E ao que vejo, tudo foi para ti
uma estupida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
agora não vais achar nada bem
que pague a conta em raiva!

E pudesse eu pagar de outra forma!!!

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
e eu tinha tantos planos p'ra depois!
Fui eu quem virou as páginas
na pressa de chegar até nós,
sem tirar das palavras seu cruel sentido...
Sobre a razão estar certa,
resta-me apenas uma razão:
e um dia vais ser tu
e um homem como tu
como eu não fui
um dia vou-te ouvir dizer:

E pudesse eu pagar de outra forma!!!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!!!

A cidade está deserta
e alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra,
repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga, ora doce...
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
quando nele julgamos ver a nossa cura...

Everything has its beauty but not everyone sees it.

Wheresoever you go, go with all your heart.

Dificil dificil é arranjar uma fotografia do tipo...

A minha última aquisicão.
Artistas internacionais remisturaram Madredeus
www.madredeuselectronico.com
Acreditem que vale a pena passar por lá e ouvir o tema Oxalá.

Talvez ainda inspirado pelo jantar de ontem, em casa do Alex, hoje apetece-me falar de fotografia.
Fotografia para mim é a perfeição do movimento, estático. É o mundo, num instante. É a possibilidade de congelar um momento e (re)viver-lo para sempre. É sem dúvida, a imortalidade, muda.

Eu gosto particularmente da fotografia de corpos nus. Deliro com a sensualidade doce e harmoniosa do corpo felino de uma mulher, que sob uma luz ténue e difusa, revela apenas sombras que nos deixam em suspense, desejosos por mais. Apaixono-me pelo que vejo e pelo que está escondido, por cada linha, por cada pose.

Fotografia de Jorge Meira

Fiquei preocupado com a esquila...

Este filme merece ser visto pelo menos meia dúzia de vezes! É o clássico!


Ilsa:Play it once, Sam, for old times' sake.

Sam: [lying] I don't know what you mean, Miss Elsa.

Ilsa: Play it, Sam. Play "As Time Goes By."

Sam: [lying] Oh, I can't remember it, Miss Elsa. I'm a little rusty on it.

Of course he can. He doesn't want to play it. He seems even more scared now.

Ilsa: I'll hum it for you. Da-dy-da-dy-da-dum, da-dy-da-dee-da-dum...

Sam begins to play it very softly.

Ilsa: Sing it, Sam.

And Sam sings.

Sam:You must remember this,
A kiss is still a kiss,
A sigh is just a sigh,
The fundamental things apply,
As time goes by.
The door to the gambling room opens. Rick comes swinging out. He's heard the music and he's livid.

And when two lovers woo,
They still say, "I love you",
On that you can rely,
No matter what the future brings,
As time goes by.
Rick: [rushing up] Sam, I thought I told you never to play...

As he sees Ilsa he stops short. Sam stops playing.
Two closed-ups reveal Ilsa and Rick seeing each other.
Rick appears shocked. For a long moment he just looks at her.

Alguns já repararam que eu ando a escrever pouco, outros até já refilaram...
Se eu não ando a escrever a culpa não é minha! A causa resume-se em duas palavras: Fuzzy Clustering. Acredito que estas palavras não vos digam nada. Pois é... a mim também não me dizem muito... ou melhor, até temos conversado, discutido, negociado, mas elas não me têm dito tanto quanto deveriam dizer!
Por isso, não escrevo. Desculpem.

Hoje é dia de ir ao cinema, porque hoje há desconto!
Ahh... pois... No Corte Inglês não tem...
Humm... Já me esquecia... No Colombo também não...

noun [C]

A person who writes blogs a lot of the time and finds it difficult not to write:
A self-confessed blogaholic, Tony Richardson can't remember when he last had a break.

Quando criei o meu primeiro blog não o dei. Era o meu blog. Só meu e de mais ninguém. Escrevia o que pensava, sem censurar no que pensava, nem no que escrevia. Era de tal forma íntimo que por vezes eu próprio corava quando o lia! Não era mesmo para ser lido. Era para ser escrito. Só para ser escrito. Mesmo assim eu não parava de escrever!
Este também foi criado para colocar os pensamentos em perspectiva, em frases. Todos os dias que aqui venho dou mais uma parte de mim, e sinto que o faço porque preciso, como se estivesse viciado, como se não conseguisse parar!
Olá, bom dia, chamo-me Lourenço e sou um blogaholic.

Le temps détruit tout. Tout.
Desta vez não deixo uma recomendação de um óptimo filme, por muito bom que este o seja. Deixo-vos um aviso. Este é dos difíceis de ver, da categoria dos pesados, dos que saimos da sala como se tivessemos levado um muro no estômago! Um VALENTE muro no estômago!
Acho que está muito bem realizado e com uma óptima fotografia. É de facto um filme impressionante, que consegue transmitir com precisão a sensação para o qual foi criado. Só questiono a necessidade de se fazer um filme sobre um tema tão dramático como este!