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terça-feira, junho 28, 2005

Pede-se calor, se faz favor 


O Verão que aparece e desaparece, que foge com o vento e surge por detrás das nuvens. Tenho pena que o Verão ainda esteja assim, tímido, reticente por se mostrar, hesitante por demonstrar tudo o que é capaz.
Gosto do Sol forte. Gosto do bafo quente que quase nos sufoca. Gosto de suor. Gosto de calor!

quarta-feira, junho 15, 2005

Encerrando um ciclo, Paulo Coelho 

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, sua irmã... Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja), destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças, significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se...

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível... Um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era e se transforme em quem é. Por isso é que eu sempre digo:

"Se a vida há de ser provisória, que seja linda e louca a nossa história"

quarta-feira, junho 08, 2005

Pérolas 

Ando numa de descobrir novos sons... Para alguns já devem ser sons bastante velhos, mas para os meus ouvidos, são fresquíssimos!

Aqui ficam as minhas sugestões:

- Erykah Badu
- Nouvelle Vague
- Franz Ferdinand (em particular uma música que se chama Take Me Out)

sexta-feira, junho 03, 2005

Noites repetidas 

Alguém com vinte copos a mais derruba mais um. O vidro espalha-se com pressa pelo chão molhado de álcool ou, com sorte, apenas molha alguém desprevenido. Alguém de coração quente passa e deixa para trás um rasto frio (por onde toca). Alguém sozinho procura companhia com olhares intensos e indiscretos. Tenta transmitir que se está a divertir imenso (apesar do desespero aumentar a cada minuto que passa...). A namorada de alguém chateia-se por não ser o centro das atenções e vinga-se dançando provocatoriamente, numa tentativa frustrada de transparecer sensualidade. O som afoga as conversas, entope os ouvidos e mexe os corpos bêbados carregados de perfume. O cheiro é inebriante. As horas passam. Repetem-se as músicas de noites anteriores, vêem-se as mesmas caras (demasiado pintadas...) e os mesmos sorrisos (alcoolizados). Já dizia a música: tenho fome de mais!

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